sábado, 20 de setembro de 2008

Slava Polunin

Eu acabei entrando em contato com este grande Palhaço nessas ultimas semanas graças a algumas pesquisas que tenho feito.
é impressionante as coisas que ele faz além de toda a sensibilidade de seu personagem.
vale a pena ver.


http://www.youtube.com/watch?v=CLO5inlXY1U&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=wx2iL0lY2GM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=mksOt0S9HoU&feature=related

20 anos espaço Caldeirão.

No dia 11/10/2008, estarei estreiando um espetaculo novo chamado " SÓ ?" , com direção cênica de Leonardo Mussi.
é uma nova fase de minha carreira onde vou apresentar uma proposta diferente de fazer um recital, que só vai saber quem ver a apresentação !!!!!!!!

A programação deste maravilhoso evento que esta recheado de surpresas esta neste site:

http://espacocaldeirao.tripod.com/grupocaldeirao@yahoo.com.br

espero todos lá........

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Eu me experimento inacabado. Da obra, o rascunho. Do gesto, o que não termina.
Sou como o rio em processo de vir a ser.
A confluência de outras águas e o encontro com filhos de outras nascentes o tornam outro.
O rio é a mistura de pequenos encontros. Eu sou feito de águas, muitas águas.
Também recebo afluentes e com eles me transformo,O que sai de mim cada vez que amo? O que em mim acontece quando me deparo com a dor que não é minha, mas que pela força do olhar que me fita vem morar em mim? Eu me transformo em outros? Eu vivo para saber.
O que do outro recebo leva tempo para ser decifrado. O que sei é que a vida me afeta com seu poder de vivência.
Empurra-me para reações inusitadas, tão cheias de sentidos ocultos.
Cultivo em mim o acúmulo de muitos mundos.Por vezes o cansaço me faz querer parar.
Sensação de que já vivi mais do que meu coração suporta.
Os encontros são muitos; as pessoas também.
As chegadas e partidas se misturam e confundem o coração. É nesta hora em que me pego alimentando sonhos de cotidianos estreitos, previsíveis.Mas quando me enxergo na perspectiva de selar o passaporte e cancelar as saídas, eis que me aproximo de uma tristeza infértil.
Melhor mesmo é continuar na esperança de confluências futuras. Viver para sorver os novos rios que virão.Eu sou inacabado. Preciso continuar.Se a mim for concedido o direito de pausas repositoras, então já anuncio que eu continuo na vida.
A trama de minha criatividade depende deste contraste, deste inacabado que há em mim. Um dia sou multidão; no outro sou solidão.
Não quero ser multidão todo dia.
Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz querer ser só. Eu sou assim. Sem culpas".

Pe. Fabio de Melo